Na
atualidade muito pouco se tem discutido sobre o pensamento dos pré-socráticos.
O que pode ser considerado um grande erro, pois muitas descobertas que julgamos
nunca terem sido realizadas já haviam sido executadas ou propostas por eles.
Nesse contexto, quero discutir como nasceu o pensamento racional na Grécia
Antiga e tratar a partir da leitura dos fragmentos de Parmênides a concepção do
Ser. Partindo de questionamentos como: Pensamento Mítico foi indissociável do
pensamento racional na Grécia? Quem de fato foram esses filósofos e porque
foram chamados assim? Não poderiam eles serem chamados de pensadores? Quem foi
Parmênides e que tipo de contribuições ele produziu para o pensamento moderno?
Esses e muitos outros questionamentos serão encontrados no presente
trabalho.
Para tentarmos traçar uma fronteira
temporal do momento em que surgiu o pensamento racional na Grécia dos séculos V
e IV a.C, é preciso passarmos pela epopeia homérica, uma vez que fica quase
impossível separar a interpenetração do elemento racional e do elemento dito
como mítico. Em uma breve análise, podemos perceber que a epopeia mostra quão
cedo o pensamento racional se infiltra nos mitos de criação e começa a
influenciá-los. Na verdade, os mitos seriam uma busca para explicar o ambiente
e o universo em que viviam os gregos.
Frente a isso, não é simples
responder ao questionamento: Se a teoria de Tales, que afirma ser a água o
princípio original e essencial de tudo, fundamentou-se nos poemas de Homero,
segundo o qual expunha que o Oceano é a origem de todas as coisas? Um exemplo
clássico e prático sobre os mitos e racionalismo, pode ser a Teogonia de Hesíodo em que observamos
uma busca por explicações do mundo através do mito, numa produção literária de
perfeita coerência na ordem racional e na formulação de diversos problemas com
um fundo de lógica muito amplo.
Portanto, Homero seria o educador e em sua
obra não há presença de reflexões, apenas a narração de um fato tomado como
verdade, uma vez que não havia questionamento para o que afirmado aos cidadãos.
E Hesíodo seria uma figura fundamental para promover o pensamento religioso com
uma exposição mítica menos ingênua porque ele ordena sua Teogonia. Esses aspectos da literatura mítica de ambos,
que foram pensados a partir da observação da natureza desdobram-se em pensamentos
abstratos e engendram a criação de conceitos a partir de uma contemplação
investigativa, que contribuiu significativamente para o pensamento racional
mais aprimorado, em um movimento de completude.
Por isso, o início da filosofia
científica não coincide com o princípio do pensamento racional nem muito menos
com o fim do pensamento mítico. O que houve na verdade com o pensamento grego
foi um processo progressivo de racionalização da concepção de mundo presente nos
mitos, através de inúmeros questionamentos. Como alguns por excelência: Seriam
mesmo, os deuses de Homero divinos? Como é possível que os deuses sejam
mentirosos, injustos e vingativos? É com semelhantes questionamentos que o
pensamento racional grego vai florescendo e tomando forma.
Outro aspecto não menos importante,
é porque estranhamente o pensamento grego iniciou-se com os problemas da
natureza e não com os relativos ao Homem? Uma vez que, a problematização do
homem não foi encarada pelos filósofos gregos a princípio. Para respondermos a
essa questão diante é preciso afastar nosso olhar mais teórico e lançar um
olhar mais prático. Se fizermos uma análise com cuidado no estudo dos problemas
do mundo externo, particularmente com a Medicina e a Matemática, podemos
observar que esses serviram de base para a investigação do homem interior. Um
grande representante do período clássico é Hipócrates que se dedicou
absurdamente a problemática da Medicina e tornou alguns aspectos dignos de
saúde pública, como foi o caso da saúde das mulheres.
Contudo, no meio da “decadência” da
concepção mítica do mundo e diante de uma nova sociedade humana que eclodia,
ocorreu quase que instantaneamente de um modo inteiramente novo o mais profundo
de questionamento: o existencial/o ser. O que imediatamente podemos perceber na
humanidade desde os primeiros filósofos, que neste momento ainda não podem ser
classificados como pensadores, é a preocupação tipicamente espiritual, uma
espécie de devoção incondicional ao conhecimento e ao estudo aprofundado do ser
e em si mesmo.
Nesta perspectiva, o filósofo era
extravagante, misterioso, digno, embora estimado, que se ergue acima da
sociedade dos homens ou dela se aparta deliberadamente para dedicar-se aos seus
estudos. É ingênuo como uma criança, desajeitado e pouco prático e está fora
das condições de espaço e de tempo. Sua conduta e aspirações filosóficas geram
uma espécie de u{briV (a desmedida),
porque ultrapassa os limites impostos ao espírito humano pela inveja dos deuses
e nesse caso inclusive dos humanos. O filósofo se liberta completamente do
olhar do vulgo e não deseja de forma alguma compartilhar de suas realidades
aparentes, deixando de ser um ijdiwvthv,
aspirando ser ouvido por todos para demonstrar o conceito real de verdade e
caminho correto para chegar até ela.
Seus pensamentos, sentimentos e ideias
sobre a vida e o ambiente eram proclamados livremente para quem os quisessem
ouvir. Frutos de um desenvolvimento crescente da individualidade, pode-se
afirmar que o pensamento racional atua nesse primeiro momento como material
explosivo, porque as mais antigas autoridade perdem seu valor uma vez que
somente é verdade quando “eu” posso explicar por razões plausíveis e lógicas
aquilo que o “meu” pensamento justifica perante si mesmo e o outro. Surge nesse
momento questionamentos como: Porque um indivíduo é melhor que outro, se são
plenamente homens livres e gregos? Porque aquele sujeito possui mais direitos do
que eu se estamos em pé de igualdade? É neste contexto que nasce o conceito de
verdade. Um novo conceito de validade universal no fluir dos fenômenos, perante
o qual se curva no todo arbitrário.
O início do pensamento do século VI
era pautado no problema da origem, da fivsiv.
Para explicar essa problematização é importante voltarmos ao conceito grego de fivsiv, que significa natureza, essência, etc.
Neste conceito estavam inseparáveis, duas coisas: o problema da origem e a
compreensão por meio da investigação empírica. A primeira diz repeito ao que
obriga os homens a ultrapassarem os limites humanos para revelar o que nossa
experiência sensorial não permite e o segundo deriva preponderantemente na
origem.
Algo que não era de se admirar,
seria o fato dos filósofos levarem essas questões para um aprofundamento muito
maior, pois uma vez colocado o problema da origem e essência do mundo, seria
notório que desenvolvessem a necessidade de ampliar todos os conhecimentos de
fatos e explicar fenômenos particulares pertinentes da época. Nesse contexto, o
primeiro a pensar o mundo enquanto fivsiv
foi Tales de Mileto, com um pensamento voltado para a contemplação da natureza.
Tamanha contemplação foi essa que ele teria previsto um eclipse em 585 a.C.
algo até o momento inédito e que realizou apenas com a observação do céu, sem
todos esses equipamentos que temos na atualidade.
Sendo assim os gregos resolveram de
uma maneira fundamentalmente nova o problema da origem e essência das coisas.
Suas observações empíricas que receberam influencia do Oriente, principalmente do
Egito, enriqueceram as suas próprias, como por exemplo o modo como submeteram o
pensamento teórico e causal nos mitos, fundamentado na observação das
realidades aparentes do mundo sensível: os mitos sobre o nascimento do mundo.
Portanto, é neste momento que surge a filosofia científica, e este é o maior
feito histórico da Grécia. Também fica claro que a libertação dos mitos tenha
sido um processo gradual, porém o simples fato de ter sido um movimento
espiritual unitário conduzido por uma série de personalidades independentes,
demonstra o caráter científico e racional do pensamento. E três nomes são os
grandes expoentes da filosofia naturalista de Mileto: Tales, Anaximandro e
Anaxímenes. Esses forneceram a base com conceitos fundamentais para a física
grega de Demócrito até Aristóteles.
Com o desenrolar do pensamento
dessas grandes personalidades, podemos observar que a semente de incontáveis
desenvolvimentos filosóficos ainda estariam por vir, por exemplo: o conceito de
cosmos constituiu, até os nossos dias, uma das categorias mais importantes de
toda concepção de mundo. O homem sempre teve a necessidade explicá-lo porque via
no céu algo inatingível. Infelizmente com o “avanço” das interpretações
científicas modernas chegar ao cosmos se tornou algo mais simples e esse
caráter metafísico original se perdeu. A ideia dos cosmos nos mostra, com
simbólica evidência, a importância da primitiva filosofia natural para a
formação do homem. Por isso, torna-se importante a retomada de conceitos gregos
na ciência moderna, afinal que espécie homens estamos formando hoje?
Nossos estudos se tornaram
extremamente práticos e muitas vezes alguns nem sabem porque o fazem. O homem
desse período possuía a plenitude que muitos na atualidade não possuem e
sobretudo o prazer pela investigação científica. Na contemporaneidade torna-se
quase impossível vermos uma pessoa que executa sua função ou estuda com verdadeiro
prazer buscando respostas, porque não sabem o que fazem verdadeiramente. Infelizmente
esse contexto, gera em nossa sociedade uma espécie de decadência que
dificilmente resolveremos. Mas o homem grego quando elevava seu olhar ao céu
sabia o motivo pelo qual o fazia e aquilo o deixava completo.
Mas voltando a Grécia antiga, sabemos
que a filosofia milesiana da natureza nasceu da investigação pura e simples,
com nuances extremamente avançadas. Quando Anaximandro decidiu tornar
acessível, em forma de livro, suas teorias e doutrinas ao público, vemos a
representatividade de um esforço educativo muito afastado da pura teoria
filosófica. A filosofia da natureza recebeu dos movimentos políticos e sociais
das época estímulos mais profundos, muito mais do que podiam esperar e
devolveram no mesmo nível, ou até melhor.
O poeta Xenófanes, por exemplo,
apoderou-se de uma arma que já era muito conhecida na Grécia arcaica: a poesia.
Esse é um marco, fundamentalmente importante para percebermos que é nesse ponto
que os filósofos tentam instruir o vulgo, porque a poesia continuava a ser
sempre a expressão mais autêntica de formação nacional. A escolha por esse
gênero não é atoa, faziam-no dessa maneira porque percebe-se uma tendência
muito forte de se apoderar da totalidade da ação humana na vida sentimental,
espiritual e intelectual. Esse método também será adotado por um pensador muito
abstrato e rigoroso cujo nome é: Parmênides, autor que pretendo agora tecer
comentários.
Pouco se sabe a cerca da biografia
verdadeira de Parmênides, mas sabe-se que tenha nascido por volta do ano de 515
a.C., na cidade de Éleia, ao sul da Magna Grécia (Itália), acredita-se que
tenha pertencido a uma família rica e com prestígio alto social. Supõe-se que
seu primeiro contato com a filosofia tenha sido com a escola pitagórica e que
tenha conhecido Xenófanes, e por isso a predileção pela escrita de cunho
poético. Algo ao menos fica certa, Parmênides é conhecido como o pai filosófico
de Platão e filósofo do imobilismo universal.
As proposições de Parmênides
constituem um encadeamento rigorosamente lógico, impregnado de consciência da
força construtiva da sequência de ideias. Esse seria um dos motivos pela sua
obra ter conservado a primeira série de proposições filosóficas do conteúdo vasto
de encadeamento rigoroso que o idioma grego nos transmitiu. O sentido do seu
pensamento só poderá ser expresso claramente se seguirmos a leitura de maneira
dinâmica, porque seu produto essencial não é a imagem estética. A força com que
ele expõe suas doutrinas fundamentais aos ouvintes não deriva de uma convicção
dogmática, mas da vitória da necessidade do pensamento. Não um pensamento
qualquer, mas um que se preocupe com a essência do Ser e da verdade.
O conhecimento parmenideano, é
também uma absoluta ananke, que ele
ainda denomina como dike ou moira, neste ponto vemos a influência de
Anaximandro. Esse seria o mais alto fim que a investigação humana poderia
chegar. Mas quando ele afirma que a Dike
mantém o ser fixo nos seus limites, sem qualquer possibilidade de dissolução,
de tal maneira que já não se pode nascer ou perecer, o Ser na verdade
encontra-se inerte. Neste ponto, existe uma visão distinta à de Anaximandro,
pois ele afirma que a Dike se
manifesta na geração e corrupção das coisas. A Dike de Parmênides separa o Ser
de toda a geração e corrupção e o faz permanecer imóvel em si mesmo, é a necessidade
implícita no conceito do Ser, interpretada como “aspiração do Ser à justiça”.
Nas frases insistentemente repetidas “o
Ser é, o não-Ser não é; e: o que é
não pode não-ser”, Parmênides exprime a necessidade do pensamento da qual
deriva a impossibilidade de realizar no conhecimento a contradição lógica.
Esta força daquilo que se adquiriu
no puro pensamento é a grande descoberta que domina toda a filosofia eleática
que determina de forma polêmica dentro da qual o seu pensamento se desenvolve.
O que nas suas proposições fundamentais aparece como a descoberta de um lei
lógica, é para ele apenas um conhecimento objetivo, cujo conteúdo o coloca em
conflito com toda a anterior filosofia da natureza. Se é certo que o Ser nunca
é e o Não-ser nunca é, torna-se evidente para Parmênides que o devir é
impossível. Esse conceito entra em conflito com a filosofia de Heráclito que
afirmava: “O mesmo homem não pode
atravessar o mesmo rio duas vezes, porque o homem de ontem não é o mesmo homem,
nem o rio de ontem é o mesmo do hoje”. Aparentemente isso nos revelaria
algo muito estranho, no mínimo. Os filósofos naturalistas confiam na ideia do
devir cegamente sustentando que o Ser vem do Não-ser e no Não-ser se dissolve.
No fundo essa é opinião de todos nós, porque confiamos nos nossos olhos e os em
nossos ouvidos sem nem mesmo questionar o porque, não perguntamos ao pensamento,
que é o único que pode nos guiar as certezas infalíveis.
O pensamento deve ser a visão e a
audição do homem que realmente quer conhecer a verdade, aqueles que não o
seguem para Parmênides são como cegos e surdos e, infelizmente, se perdem em
contradições sem saídas e sem fundamentação lógica alguma. Não há outro caminho
a não ser admitir que o Ser e o Não-Ser são e não-são o mesmo, ao mesmo tempo.
Se decidirmos derivar o Ser do Não-Ser admitiremos que a sua origem não pode
ser conhecida, porque o verdadeiro conhecimento deve corresponder a um objeto.
Dessa maneira, se quisermos conhecer a verdade precisamos nos afastar da geração
da corrupção que nos leva a proposições impensáveis, e nos ater ao puro Ser,
que no pensamento nos é fornecido, porque o pensamento
e o Ser são uma e a mesma coisa, uma vez que ser, pensar e dizer estão na
mesma unidade.
A maior dificuldade do pensamento
puro é obter qualquer conhecimento concreto do conteúdo do seu objeto. Nos
fragmentos existentes na obra de Parmênides, podemos perceber um esforço de
dedução para uma série de determinações precisas do seu novo conceito rigoroso
do Ser. Estas notas, que se destacam no caminho que conduz a investigação
dirigida pelo pensamento puro, ele chama de atributos ou características do
Ser. O Ser é o motivo pelo qual o poeta escrever e é alheio ao devir, é
imutável e portanto, imortal, total e único, inabalável, eterno e onipresente,
uno, coerente, indivisível, homogêneo, ilimitado e completo como uma esfera.
Parmênides é o primeiro pensador que
levanta conscientemente o problema do método científico e o primeiro que
distingue com clareza os dois caminhos principais que a filosofia posterior há
de seguir: a percepção e o pensamento. O que não conhecemos pela via do
pensamento é apenas a opinião do homens que ele chama de dovxa. No entanto, a
salvação se baseia na substituição do mundo da opinião pelo mundo da verdade
que ele chama de ajlhvqeia
que está intimamente relacionada com o divino arcaico. O filósofo considera
essa conversão como algo violento e difícil, mas que gera verdadeira
libertação. Põe na exposição do seu pensamento um ímpeto grandioso e um pavqoV religioso que
transcende os limites do lógico e lhe confere uma emoção profundamente humana.
Pode-se afirmar que isso seria uma espécie de espetáculo do Homem que luta por
meio do pensamento para se libertar das amarras das aparências sensíveis da
realidade e descobre no espírito o órgão para chegar ao entendimento da
totalidade e da unidade do que é o Ser.
Ainda que entravado e perturbado por
uma multiplicidade de problemas, revela-se nesta forma de conhecimento uma
força fundamental de concepção do mundo e de formação humana, que é tipicamente
grega. Em tudo o que Parmênides produziu literariamente percebemos a
emocionante experiência dessa conversão da investigação humana, que não é
perfeita nem muito menos completa, ao pensamento puro que está por trás do
pensamento aparente: mundo sensível x mundo inteligível, que servirá de base
para Platão em sua obra A república.
Isso poderia explicar a estrutura de
seus fragmentos, que são divididos em duas partes rigidamente constantes, uma
consagrada à verdade e outra consagrada à opinião: ajlhvqeia x
dovxa. Explica também o
velho problema de compreender como se harmoniza a rígida lógica de Parmênides
com seu sentimento de poeta. Dizer apenas que nessa época todos os temas podiam
ser tratados em versos homéricos ou hesiódicos é simplificar demais a beleza
poética dos filósofos e poetas do século V a.C. Parmênides é poeta por
entusiasmo, que julga ser portador de um novo tipo de conhecimento, que ele
considera, nem um pouco modesto, a revelação da verdade, que é algo
completamente distinto do procedimento pessoal e ousado de Xenófanes.
A poesia de Parmênides está
organizada de uma maneira muito rigorosa e ele se reconhece como um simples
servo e instrumento de uma força mais alta a que contempla com veneração
Encontra-se no proêmio a confissão imorredoura desta inspiração filosófica, se
atentarmos bem veremos um homem sábio que caminha para a verdade e procede da
esfera religiosa. O “homem sábio” é a pessoa consagrada aos mistérios da
verdade. Compreende-se com esse novo conhecimento do Ser.
Fica evidente nesse contexto que a
origem dos pré-socráticos está intimamente ligada ao religioso e que Parmênides
pode ser considerado um grande divisor de águas porque ele vai de encontro a
tudo aquilo que até então os filósofos de seu tempo julgavam como verdade. Uma
vez que, para ele tudo o que existe e tudo o que possa ser pensado é o Ser, que
é o verdadeiro caminho. O Ser é uno e indispensável, não possui nem começo nem
fim. Para a nossa sociedade que não acredita mais em verdades absolutas e que
tudo seria guiado pela relatividade esse conceito de Ser é muito complexo, mas
se quisermos entender verdadeiramente o que Parmênides quer nos dizer
precisamos nos despir de nossa realidade aparente. Acredito que para nossa
sociedade que é guiada por uma generalização de relativismos, Parmênides nos
mostra que algumas verdades podem ser de fato absolutas, se assim optarmos
ver.
Referências:
BORNHEIM, Gerd A. Os filósofos pré-socráticos.
São Paulo: Cultrix, 1998.
JAEGER, Werner. Paidéia: A Formação do Homem Grego. 3ª
edição. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
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