domingo, 25 de agosto de 2013

O nascimento do pensamento racional e o Ser em Parmênides

           Na atualidade muito pouco se tem discutido sobre o pensamento dos pré-socráticos. O que pode ser considerado um grande erro, pois muitas descobertas que julgamos nunca terem sido realizadas já haviam sido executadas ou propostas por eles. Nesse contexto, quero discutir como nasceu o pensamento racional na Grécia Antiga e tratar a partir da leitura dos fragmentos de Parmênides a concepção do Ser. Partindo de questionamentos como: Pensamento Mítico foi indissociável do pensamento racional na Grécia? Quem de fato foram esses filósofos e porque foram chamados assim? Não poderiam eles serem chamados de pensadores? Quem foi Parmênides e que tipo de contribuições ele produziu para o pensamento moderno? Esses e muitos outros questionamentos serão encontrados no presente trabalho. 
            Para tentarmos traçar uma fronteira temporal do momento em que surgiu o pensamento racional na Grécia dos séculos V e IV a.C, é preciso passarmos pela epopeia homérica, uma vez que fica quase impossível separar a interpenetração do elemento racional e do elemento dito como mítico. Em uma breve análise, podemos perceber que a epopeia mostra quão cedo o pensamento racional se infiltra nos mitos de criação e começa a influenciá-los. Na verdade, os mitos seriam uma busca para explicar o ambiente e o universo em que viviam os gregos.
            Frente a isso, não é simples responder ao questionamento: Se a teoria de Tales, que afirma ser a água o princípio original e essencial de tudo, fundamentou-se nos poemas de Homero, segundo o qual expunha que o Oceano é a origem de todas as coisas? Um exemplo clássico e prático sobre os mitos e racionalismo, pode ser a Teogonia de Hesíodo em que observamos uma busca por explicações do mundo através do mito, numa produção literária de perfeita coerência na ordem racional e na formulação de diversos problemas com um fundo de lógica muito amplo.
             Portanto, Homero seria o educador e em sua obra não há presença de reflexões, apenas a narração de um fato tomado como verdade, uma vez que não havia questionamento para o que afirmado aos cidadãos. E Hesíodo seria uma figura fundamental para promover o pensamento religioso com uma exposição mítica menos ingênua porque ele ordena sua Teogonia.  Esses aspectos da literatura mítica de ambos, que foram pensados a partir da observação da natureza desdobram-se em pensamentos abstratos e engendram a criação de conceitos a partir de uma contemplação investigativa, que contribuiu significativamente para o pensamento racional mais aprimorado, em um movimento de completude. 
            Por isso, o início da filosofia científica não coincide com o princípio do pensamento racional nem muito menos com o fim do pensamento mítico. O que houve na verdade com o pensamento grego foi um processo progressivo de racionalização da concepção de mundo presente nos mitos, através de inúmeros questionamentos. Como alguns por excelência: Seriam mesmo, os deuses de Homero divinos? Como é possível que os deuses sejam mentirosos, injustos e vingativos? É com semelhantes questionamentos que o pensamento racional grego vai florescendo e tomando forma.
            Outro aspecto não menos importante, é porque estranhamente o pensamento grego iniciou-se com os problemas da natureza e não com os relativos ao Homem? Uma vez que, a problematização do homem não foi encarada pelos filósofos gregos a princípio. Para respondermos a essa questão diante é preciso afastar nosso olhar mais teórico e lançar um olhar mais prático. Se fizermos uma análise com cuidado no estudo dos problemas do mundo externo, particularmente com a Medicina e a Matemática, podemos observar que esses serviram de base para a investigação do homem interior. Um grande representante do período clássico é Hipócrates que se dedicou absurdamente a problemática da Medicina e tornou alguns aspectos dignos de saúde pública, como foi o caso da saúde das mulheres.
            Contudo, no meio da “decadência” da concepção mítica do mundo e diante de uma nova sociedade humana que eclodia, ocorreu quase que instantaneamente de um modo inteiramente novo o mais profundo de questionamento: o existencial/o ser. O que imediatamente podemos perceber na humanidade desde os primeiros filósofos, que neste momento ainda não podem ser classificados como pensadores, é a preocupação tipicamente espiritual, uma espécie de devoção incondicional ao conhecimento e ao estudo aprofundado do ser e em si mesmo.
            Nesta perspectiva, o filósofo era extravagante, misterioso, digno, embora estimado, que se ergue acima da sociedade dos homens ou dela se aparta deliberadamente para dedicar-se aos seus estudos. É ingênuo como uma criança, desajeitado e pouco prático e está fora das condições de espaço e de tempo. Sua conduta e aspirações filosóficas geram uma espécie de u{briV (a desmedida), porque ultrapassa os limites impostos ao espírito humano pela inveja dos deuses e nesse caso inclusive dos humanos. O filósofo se liberta completamente do olhar do vulgo e não deseja de forma alguma compartilhar de suas realidades aparentes, deixando de ser um ijdiwvthv, aspirando ser ouvido por todos para demonstrar o conceito real de verdade e caminho correto para chegar até ela.
            Seus pensamentos, sentimentos e ideias sobre a vida e o ambiente eram proclamados livremente para quem os quisessem ouvir. Frutos de um desenvolvimento crescente da individualidade, pode-se afirmar que o pensamento racional atua nesse primeiro momento como material explosivo, porque as mais antigas autoridade perdem seu valor uma vez que somente é verdade quando “eu” posso explicar por razões plausíveis e lógicas aquilo que o “meu” pensamento justifica perante si mesmo e o outro. Surge nesse momento questionamentos como: Porque um indivíduo é melhor que outro, se são plenamente homens livres e gregos? Porque aquele sujeito possui mais direitos do que eu se estamos em pé de igualdade? É neste contexto que nasce o conceito de verdade. Um novo conceito de validade universal no fluir dos fenômenos, perante o qual se curva no todo arbitrário.
            O início do pensamento do século VI era pautado no problema da origem, da fivsiv. Para explicar essa problematização é importante voltarmos ao conceito grego de fivsiv, que significa natureza, essência, etc. Neste conceito estavam inseparáveis, duas coisas: o problema da origem e a compreensão por meio da investigação empírica. A primeira diz repeito ao que obriga os homens a ultrapassarem os limites humanos para revelar o que nossa experiência sensorial não permite e o segundo deriva preponderantemente na origem.
            Algo que não era de se admirar, seria o fato dos filósofos levarem essas questões para um aprofundamento muito maior, pois uma vez colocado o problema da origem e essência do mundo, seria notório que desenvolvessem a necessidade de ampliar todos os conhecimentos de fatos e explicar fenômenos particulares pertinentes da época. Nesse contexto, o primeiro a pensar o mundo enquanto fivsiv foi Tales de Mileto, com um pensamento voltado para a contemplação da natureza. Tamanha contemplação foi essa que ele teria previsto um eclipse em 585 a.C. algo até o momento inédito e que realizou apenas com a observação do céu, sem todos esses equipamentos que temos na atualidade.
            Sendo assim os gregos resolveram de uma maneira fundamentalmente nova o problema da origem e essência das coisas. Suas observações empíricas que receberam influencia do Oriente, principalmente do Egito, enriqueceram as suas próprias, como por exemplo o modo como submeteram o pensamento teórico e causal nos mitos, fundamentado na observação das realidades aparentes do mundo sensível: os mitos sobre o nascimento do mundo. Portanto, é neste momento que surge a filosofia científica, e este é o maior feito histórico da Grécia. Também fica claro que a libertação dos mitos tenha sido um processo gradual, porém o simples fato de ter sido um movimento espiritual unitário conduzido por uma série de personalidades independentes, demonstra o caráter científico e racional do pensamento. E três nomes são os grandes expoentes da filosofia naturalista de Mileto: Tales, Anaximandro e Anaxímenes. Esses forneceram a base com conceitos fundamentais para a física grega de Demócrito até Aristóteles.
            Com o desenrolar do pensamento dessas grandes personalidades, podemos observar que a semente de incontáveis desenvolvimentos filosóficos ainda estariam por vir, por exemplo: o conceito de cosmos constituiu, até os nossos dias, uma das categorias mais importantes de toda concepção de mundo. O homem sempre teve a necessidade explicá-lo porque via no céu algo inatingível. Infelizmente com o “avanço” das interpretações científicas modernas chegar ao cosmos se tornou algo mais simples e esse caráter metafísico original se perdeu. A ideia dos cosmos nos mostra, com simbólica evidência, a importância da primitiva filosofia natural para a formação do homem. Por isso, torna-se importante a retomada de conceitos gregos na ciência moderna, afinal que espécie homens estamos formando hoje?
            Nossos estudos se tornaram extremamente práticos e muitas vezes alguns nem sabem porque o fazem. O homem desse período possuía a plenitude que muitos na atualidade não possuem e sobretudo o prazer pela investigação científica. Na contemporaneidade torna-se quase impossível vermos uma pessoa que executa sua função ou estuda com verdadeiro prazer buscando respostas, porque não sabem o que fazem verdadeiramente. Infelizmente esse contexto, gera em nossa sociedade uma espécie de decadência que dificilmente resolveremos. Mas o homem grego quando elevava seu olhar ao céu sabia o motivo pelo qual o fazia e aquilo o deixava completo.    
            Mas voltando a Grécia antiga, sabemos que a filosofia milesiana da natureza nasceu da investigação pura e simples, com nuances extremamente avançadas. Quando Anaximandro decidiu tornar acessível, em forma de livro, suas teorias e doutrinas ao público, vemos a representatividade de um esforço educativo muito afastado da pura teoria filosófica. A filosofia da natureza recebeu dos movimentos políticos e sociais das época estímulos mais profundos, muito mais do que podiam esperar e devolveram no mesmo nível, ou até melhor.
            O poeta Xenófanes, por exemplo, apoderou-se de uma arma que já era muito conhecida na Grécia arcaica: a poesia. Esse é um marco, fundamentalmente importante para percebermos que é nesse ponto que os filósofos tentam instruir o vulgo, porque a poesia continuava a ser sempre a expressão mais autêntica de formação nacional. A escolha por esse gênero não é atoa, faziam-no dessa maneira porque percebe-se uma tendência muito forte de se apoderar da totalidade da ação humana na vida sentimental, espiritual e intelectual. Esse método também será adotado por um pensador muito abstrato e rigoroso cujo nome é: Parmênides, autor que pretendo agora tecer comentários.
            Pouco se sabe a cerca da biografia verdadeira de Parmênides, mas sabe-se que tenha nascido por volta do ano de 515 a.C., na cidade de Éleia, ao sul da Magna Grécia (Itália), acredita-se que tenha pertencido a uma família rica e com prestígio alto social. Supõe-se que seu primeiro contato com a filosofia tenha sido com a escola pitagórica e que tenha conhecido Xenófanes, e por isso a predileção pela escrita de cunho poético. Algo ao menos fica certa, Parmênides é conhecido como o pai filosófico de Platão e filósofo do imobilismo universal.
            As proposições de Parmênides constituem um encadeamento rigorosamente lógico, impregnado de consciência da força construtiva da sequência de ideias. Esse seria um dos motivos pela sua obra ter conservado a primeira série de proposições filosóficas do conteúdo vasto de encadeamento rigoroso que o idioma grego nos transmitiu. O sentido do seu pensamento só poderá ser expresso claramente se seguirmos a leitura de maneira dinâmica, porque seu produto essencial não é a imagem estética. A força com que ele expõe suas doutrinas fundamentais aos ouvintes não deriva de uma convicção dogmática, mas da vitória da necessidade do pensamento. Não um pensamento qualquer, mas um que se preocupe com a essência do Ser e da verdade.
            O conhecimento parmenideano, é também uma absoluta ananke, que ele ainda denomina como dike ou moira, neste ponto vemos a influência de Anaximandro. Esse seria o mais alto fim que a investigação humana poderia chegar. Mas quando ele afirma que a Dike mantém o ser fixo nos seus limites, sem qualquer possibilidade de dissolução, de tal maneira que já não se pode nascer ou perecer, o Ser na verdade encontra-se inerte. Neste ponto, existe uma visão distinta à de Anaximandro, pois ele afirma que a Dike se manifesta na geração e corrupção das coisas. A Dike de Parmênides separa o Ser de toda a geração e corrupção e o faz permanecer imóvel em si mesmo, é a necessidade implícita no conceito do Ser, interpretada como “aspiração do Ser à justiça”. Nas frases insistentemente repetidas “o Ser é, o não-Ser não é; e: o que é não pode não-ser”, Parmênides exprime a necessidade do pensamento da qual deriva a impossibilidade de realizar no conhecimento a contradição lógica.
            Esta força daquilo que se adquiriu no puro pensamento é a grande descoberta que domina toda a filosofia eleática que determina de forma polêmica dentro da qual o seu pensamento se desenvolve. O que nas suas proposições fundamentais aparece como a descoberta de um lei lógica, é para ele apenas um conhecimento objetivo, cujo conteúdo o coloca em conflito com toda a anterior filosofia da natureza. Se é certo que o Ser nunca é e o Não-ser nunca é, torna-se evidente para Parmênides que o devir é impossível. Esse conceito entra em conflito com a filosofia de Heráclito que afirmava: “O mesmo homem não pode atravessar o mesmo rio duas vezes, porque o homem de ontem não é o mesmo homem, nem o rio de ontem é o mesmo do hoje”. Aparentemente isso nos revelaria algo muito estranho, no mínimo. Os filósofos naturalistas confiam na ideia do devir cegamente sustentando que o Ser vem do Não-ser e no Não-ser se dissolve. No fundo essa é opinião de todos nós, porque confiamos nos nossos olhos e os em nossos ouvidos sem nem mesmo questionar o porque, não perguntamos ao pensamento, que é o único que pode nos guiar as certezas infalíveis.
            O pensamento deve ser a visão e a audição do homem que realmente quer conhecer a verdade, aqueles que não o seguem para Parmênides são como cegos e surdos e, infelizmente, se perdem em contradições sem saídas e sem fundamentação lógica alguma. Não há outro caminho a não ser admitir que o Ser e o Não-Ser são e não-são o mesmo, ao mesmo tempo. Se decidirmos derivar o Ser do Não-Ser admitiremos que a sua origem não pode ser conhecida, porque o verdadeiro conhecimento deve corresponder a um objeto. Dessa maneira, se quisermos conhecer a verdade precisamos nos afastar da geração da corrupção que nos leva a proposições impensáveis, e nos ater ao puro Ser, que no pensamento nos é fornecido, porque o pensamento e o Ser são uma e a mesma coisa, uma vez que ser, pensar e dizer estão na mesma unidade.
            A maior dificuldade do pensamento puro é obter qualquer conhecimento concreto do conteúdo do seu objeto. Nos fragmentos existentes na obra de Parmênides, podemos perceber um esforço de dedução para uma série de determinações precisas do seu novo conceito rigoroso do Ser. Estas notas, que se destacam no caminho que conduz a investigação dirigida pelo pensamento puro, ele chama de atributos ou características do Ser. O Ser é o motivo pelo qual o poeta escrever e é alheio ao devir, é imutável e portanto, imortal, total e único, inabalável, eterno e onipresente, uno, coerente, indivisível, homogêneo, ilimitado e completo como uma esfera.
            Parmênides é o primeiro pensador que levanta conscientemente o problema do método científico e o primeiro que distingue com clareza os dois caminhos principais que a filosofia posterior há de seguir: a percepção e o pensamento. O que não conhecemos pela via do pensamento é apenas a opinião do homens que ele chama de dovxa. No entanto, a salvação se baseia na substituição do mundo da opinião pelo mundo da verdade que ele chama de ajlhvqeia que está intimamente relacionada com o divino arcaico. O filósofo considera essa conversão como algo violento e difícil, mas que gera verdadeira libertação. Põe na exposição do seu pensamento um ímpeto grandioso e um pavqoV religioso que transcende os limites do lógico e lhe confere uma emoção profundamente humana. Pode-se afirmar que isso seria uma espécie de espetáculo do Homem que luta por meio do pensamento para se libertar das amarras das aparências sensíveis da realidade e descobre no espírito o órgão para chegar ao entendimento da totalidade e da unidade do que é o Ser.
            Ainda que entravado e perturbado por uma multiplicidade de problemas, revela-se nesta forma de conhecimento uma força fundamental de concepção do mundo e de formação humana, que é tipicamente grega. Em tudo o que Parmênides produziu literariamente percebemos a emocionante experiência dessa conversão da investigação humana, que não é perfeita nem muito menos completa, ao pensamento puro que está por trás do pensamento aparente: mundo sensível x mundo inteligível, que servirá de base para Platão em sua obra A república.
            Isso poderia explicar a estrutura de seus fragmentos, que são divididos em duas partes rigidamente constantes, uma consagrada à verdade e outra consagrada à opinião: ajlhvqeia x dovxa. Explica também o velho problema de compreender como se harmoniza a rígida lógica de Parmênides com seu sentimento de poeta. Dizer apenas que nessa época todos os temas podiam ser tratados em versos homéricos ou hesiódicos é simplificar demais a beleza poética dos filósofos e poetas do século V a.C. Parmênides é poeta por entusiasmo, que julga ser portador de um novo tipo de conhecimento, que ele considera, nem um pouco modesto, a revelação da verdade, que é algo completamente distinto do procedimento pessoal e ousado de Xenófanes.
            A poesia de Parmênides está organizada de uma maneira muito rigorosa e ele se reconhece como um simples servo e instrumento de uma força mais alta a que contempla com veneração Encontra-se no proêmio a confissão imorredoura desta inspiração filosófica, se atentarmos bem veremos um homem sábio que caminha para a verdade e procede da esfera religiosa. O “homem sábio” é a pessoa consagrada aos mistérios da verdade. Compreende-se com esse novo conhecimento do Ser.
            Fica evidente nesse contexto que a origem dos pré-socráticos está intimamente ligada ao religioso e que Parmênides pode ser considerado um grande divisor de águas porque ele vai de encontro a tudo aquilo que até então os filósofos de seu tempo julgavam como verdade. Uma vez que, para ele tudo o que existe e tudo o que possa ser pensado é o Ser, que é o verdadeiro caminho. O Ser é uno e indispensável, não possui nem começo nem fim. Para a nossa sociedade que não acredita mais em verdades absolutas e que tudo seria guiado pela relatividade esse conceito de Ser é muito complexo, mas se quisermos entender verdadeiramente o que Parmênides quer nos dizer precisamos nos despir de nossa realidade aparente. Acredito que para nossa sociedade que é guiada por uma generalização de relativismos, Parmênides nos mostra que algumas verdades podem ser de fato absolutas, se assim optarmos ver.   






Referências:
BORNHEIM, Gerd A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1998.
JAEGER, Werner. Paidéia: A Formação do Homem Grego. 3ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 1995.


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