domingo, 11 de agosto de 2013

As contribuições míticas do período helenístico na astronomia



“O universo não passa de um grande vazio povoado de estrelas aqui e ali, em geral agrupadas em miríades. Povoado também de nuvens de gás e de poeira. Há mais de cinco bilhões de anos, uma dessas grandes nuvens cósmicas começava a implodir e dava origem ao Sol e a seu cortejo de planetas.”
O céu, mistério, magia e mito, Jean-Pierre Verdet
            Talvez essa seria uma das epígrafes mais apropriadas para a teoria do Big-Bang que foi proposta pelo padre belga Georges-Henri Édouard Lemaîtres. Essa teoria postulava que todo universo estava comprimido num único átomo chamado “átomo primordial”, e toda essa matéria começou a entrar em colapso e se fragmentou numa quantidade descomunal de pedaços e cada um acabou se fragmentando por todo o universo até chegar aos átomos, por nós hoje conhecidos, numa imensa fissão nuclear.
            Essa teoria é uma das mais aceitas por muitas comunidades científicas do mundo, na atualidade. No entanto, nem sempre foi assim. Para se chegar ao desenvolvimento dessa teoria, demorou anos e anos de pesquisa e aprimoramentos na astronomia em muitas civilizações antigas. E pode-se dizer que a Grécia teve grande importância nesse contexto, sendo considerada o berço da astronomia como conhecemos hoje.
            Sabe-se que a astronomia é uma das ciências mais antigas do mundo, praticada desde o período paleolítico. O homem andava como um quadrúpede e graças a sua coluna vertebral adquire verticalidade, ficando de pé e elevando o olhar aos céus. Durante muitos séculos, promoveu o silêncio absoluto, o homem até então estava calado no mundo. De sua atividade técnica na produção de ferramentas para sobreviver o que supõe uma pré-inteligente, o homem da última parte da idade da pedra lascada produz métodos para se orientar no espaço que  podem ser comprovadas com pedras que deixaram para trás gravadas com grupos de estrelas e constelações, evidenciando que a astronomia é uma ciência demasiadamente antiga.
            Desde muito cedo o homem, mesmo sem saber escrever, pode constatar que os astros não falham: os dias e as noites, as fases da Lua, com as quais fez seus primeiros calendários, percebeu os movimentos diurnos das estrelas e que todas as noites existem estrelas que estão mais próximas umas das outras (constelações) e outras não.
            É possível que desde a pré-história o estudo do céu tenha provocado um movimento duplo do pensamento: a busca de leis imutáveis e naturais que em nenhum outro lugar além do céu possam aparecer e a profunda tentação de colocar no céu seres sobrenaturais e todo-poderosos, porque viam o céu como algo inalcançável.
            Antes do advento da luneta, todos os homens eram iguais perante ao firmamento porque possuíam apenas seus olhos para diagnosticar os céus, dessa forma, cada um inferia algo sobre o céu ao seu modo. Desse olhares, uns tiraram uma ciência que pretenderia ser exata antes mesmo de terem meios para isso; outros tiraram mitos que muitas vezes degradaram-se em lendas, contos e em práticas folclóricas; outros ainda, regras empíricas relativas a agricultura, navegação ou previsão do tempo a partir de seus mitos fundadores e verdades absolutas. São sobre esses últimos que pretendo tecer comentários. 
            Mas antes de os gregos chegarem a essa concepção de astronomia que só será tratada com profundidade pelos pré-socráticos, muitos mitos circulavam na antiguidade sobre o início de todas as coisas, no entanto, nenhuma versão se tornou universalmente aceita por todos os gregos de todas as pólis.
            Todavia, o relato mais abrangente e que ganhou difusão mais ampla foi narrado por Hesíodo em sua Teogonia, no século VIII a.C, que foi uma tentativa importantíssima de produzir uma genealogia do panteão grego com base em muitas crenças populares predominantes. Ao mesmo tempo uma cosmogonia e uma teogonia, ele traçava a linhagem detalhada dos deuses olímpicos desde a criação do mundo a partir do caos.
            Um relato alternativo da origem do mundo era contado pelos órficos, seguidores do culto místico chamado orfismo. Sua narrativa possuía um tom mais abstrato e filosófico que a de Hesíodo e, consequentemente, tinha um apelo popular bem menor. Que começa com Crono “tempo” (uma espécie de reinterpretação órfica do nome Kronos) acompanhado por Adrastéia “necessidade”. De Crono surgiram Éter, Érebo e Caos “ar superior/escuridão/vazio bocejante”. Em Éter, Crono um ovo do qual nasce Fanes, o criador de tudo, uma divindade bissexual com asa de ouro e quatro olhos. Fanes é chamado por muitos nomes, incluindo Eros, e tem uma filha chamada, Nix “noite”, que se torna sua consorte. Nix, dá a luz a Gaia “representação da terra primitiva para os gregos” e Urano. Quando Zeus assume o controle, recria tudo de novo, engole Fanes e copula com Koré (Perséfone) para produzir Zagreu-Dioniso.
            Em Hesíodo na Teogonia temos a abertura da sua obra com a seguinte afirmação: “Em primeiro lugar o Caos passou a existir”, mas não fica claro se o Caos o “vazio bocejante” é uma divindade, alguns teóricos acreditam que sim, outros não. Apenas algo fica claro, na maior parte das culturas de todo o mundo e na própria visão científica essa ideia de vazio antes da existência de tudo é aceita. Antes da “grande explosão” (Big Bang), dos homens, dos deuses, de Vishnu, da Terra, de tudo o início era o nada, o vazio, o Caos. A isso podemos considerar uma contribuição contundente para as inúmeras teorias da contemporaneidade sobre a criação do mundo. O início era o nada, que também ficou presente na própria Bíblia sagrada.
            Depois do Caos, talvez com progênie o que também é ambíguo, veio Gaia ou Gê “a terra”, Tártaro “os infernos”, Eros “o desejo”, Érebo “a escuridão dos infernos” e Nix “a noite, a escuridão da terra”. Nix copulou com Érebo para produzir Éter “ar superior translúcido” e o Dia “a claridade do mundo”.
            Gaia, sozinha, deu a luz Urano “o céu”, com o objetivo de cobri-la e envolvê-la completamente e ser uma morada segura para os deuses abençoados até a eternidade, e depois as Montanhas e Pontos “o mar”. Ela, então, copulou com Urano para produzir as primeira divindades: doze poderosos titãs (seis machos e seis fêmeas), três ciclopes chamados Brontes “trovão”, Estéropes “raio” e Arges “brilhante” e três monstros com cem mãos cada um os Hecatonquiros, chamados Coto, Briaréu e Gige. Urano por sua vez, ficou atemorizado com seus filhos e os encerrou nas entranhas do mundo. Gaia ficou enfurecida e por vingança, persuadiu o mais novo dos titãs, Crono, a castrar o pai e tomar seu poder.
            O sangue do ferimento de Urano gerou gigantes, ninfas e as fúrias, ao passo que seus genitais cortados caíram no mar e viraram uma espuma branca, da qual nasceu Afrodite, a deusa do amor e da sexualidade.
            Os Titãs povoaram o mundo com semideuses copulando com ninfas ou entre si: os filhos de Hipérion e de sua irmã Téia, por exemplo eram Hélio “o sol”, Selene “a lua” e Io “alvorada”. Outro titã, Jápeto casou-se com a oceânide Climene, que produziu quatro filhos, dos quais os mais famosos foram Prometeu “previsão”, Atlas que depois da derrota dos titãs foi condenado por Zeus a sustentar os céus na extremidade oeste do mundo, o oceano Atlântico tem seu nome inspirado nesse mito. Seus irmãos eram Menécio e Epimeteu “reflexão tardia”, marido de Pandora “todos os presentes”. Ingênuo e impetuoso, Epimeteu era a antítese de Prometeu.
            Crono teve vários filhos com Réia, mas temia ser destronado por eles, e engoliu todos assim que nasceram. O que é o tempo se não um devorador? O mito também explicava isso. No entanto, quando Zeus nasceu Réia enganou o marido vestindo uma pedra como um bebê, a qual ele engoliu em vez da verdadeira criança. Escondido de seu pai, Zeus cresceu e planejou sua vingança. Ele foi vitorioso em uma grande batalha contra os titãs, a Titanomaquia, depois de fortalecer bastante sua posição com um estratagema.
            Métis, filha do Titã Oceano, serviu uma bebida a Crono que o fez regurgitar irmãos e irmãs (Posêidon, Hades, Hera, Deméter e Héstia) de Zeus, os quais juntaram forças com esse deus. Ele foi apoiado pelos ciclopes e pelos hecatonquiros, a quem Crono mantinha aprisionado mas Zeus havia libertado.
            Após a queda dos Titãs, Cronos é aprisionado junto a eles nas profundezas sinistras, tenebrosas e úmidas do Tártaro. Zeus ainda foi desafiado por gigantes monstruosos que haviam emergido do sangue de Urano. Na batalha dos Gigantes que se segui a Gigantomaquia, Zeus guiou os deuses até a vitória e foi alçado o controlador supremo dos céus e da terra. Ele declarou que o Olimpo, a montanha mais alta do mundo, seria a morada dos deuses e deusas vitoriosos.
            A Zeus caberia a suprema realeza. Não só ele reinará doravante sobre o céu, como também, por seu extremo esplendor e poderes, lançando a sombra o velho Urano, seu avô mítico. E, sobretudo, em Zeus, a personificação irá muito mais longe que em Urano. O nome de Zeus jamais é encontrado para designar o céu como em Urano. A seu nome, agregam-se qualificativos e atributos, associando-o a fenômenos celestes: as nuvens, a chuva, o trovão e os relâmpagos. A ordem todo-poderosa, transcendente e impassível do firmamento dá lugar à desordem,à dramaticidade e ao dinamismo fertilizante das forças atmosféricas.
            Ao trabalhar com os mitos de fundação é possível situar o contexto filosófico e cultural em que viviam os gregos. Durante todo o período helenístico os mitos se farão muito presentes em vários aspectos da sociedade. Nesse contexto, tratar da constituição do céu, frente as constelações torna-se foco quase que central do meu trabalho, porque por exemplo, ao observar-mos o céu e notar-mos a constelação de Órion, nos perguntamos “Porque essa constelação tem esse nome?”, para responder a essa pergunta temos que retornar ao mito, caso contrário a constelação não faz sentido algum.
            O céu noturno nos oferece padrões de estrelas que todas as civilizações reagrupam em constelações. Mas a civilização grega contribuiu em 80% com essa nomenclatura, pois a maior parte das constelações que podem ser observadas no seu noturno possuem uma relação com algum mito grego, assim como planetas e satélites naturais.
            Os astrônomos bem sabem o que é uma estrela, um conglomerado de átomos que liberam energia de forma incandescente, os astrônomos gregos também possuíam esse conhecimento. No entanto, para melhor encontrá-las de uma noite para outra, os homens logo adquiriram o hábito de associar as mais brilhantes em desenhos geométricos maiores ou menores. Foi dessa maneira que nasceram as constelações.
            Em cada lugar, umas, suficientemente altas acima do horizonte, voltam noite após noite, sempre iguais. Sem jamais nascerem nem se porem, elas giram em torno de um ponto fixo no céu. Por exemplo: para os habitantes do hemisfério norte tem-se a estrela polar. Outras estrelas nascem a Leste, sobem o céu, onde percorrem um grande arco de círculo abaixo do horizonte. Estas só são visíveis em determinadas estações do ano, e os gregos sabiam que seu desaparecimento não estava associado a sua extinção, mas sim, prosaicamente, que percorrem nosso céu durante o dia, enquanto o Sol o inunda com sua luz e ofusca as mais belas estrelas. O aparecer e o sumir de uma estrela marcava as estações do ano, assim como o mito de Perséfone marcavam as estações do ano “Perséfone em terra primavera/verão; Perséfone no Hades outono/inverso”.
            O agrupamento das estrelas em constelações é arbitrário, cada civilização, tribo e pólis, faz seu recorte conforme seus mitos, nomeando, animando e dramatizando ao sabor de sua cultura. Todavia, foram os gregos que nos forneceram as maiores e mais famosas figuras de constelações através de seus mitos que são tão evidentes que encontramos em toda parte onde são visíveis: A ursa Maior, Órion, as Plêiades, etc.
            A Ursa Maior, para os astrônomos, é comumente chamada de Carruagem celeste e deve seu nome a um mito grego.
            Calisto, seja ela uma ninfa ou filha de um rei, foi amada pelo próprio Zeus, engravidou-a e foi transformada em ursa. Para uns, isso foi um castigo de Hera, mulher de Zeus; para outros, foi um artifício encontrado por Zeus para dissimular a amante e assim poupá-la do ciúme doentio da mulher. Em todo caso, glorificação suprema, foi Zeus  quem a projetou no céu e a transformou na constelação da Ursa Maior.
            As Plêiades, uma pequena constelação de sete estrelas bem agrupadas e bem distintas em quase toda a parte associam-se ao ritmo pluvial das regiões tropicais. O nome dessa constelação também tem relação com a mitologia grega, as Plêiades são sete irmãs, filhas do gigante Atlas e de Plêione, filha do Oceano. Chamam-se Taígeta, Electra, Alcíone Astérope, Celene, Mérope e Maia. Todas as Plêiades uniram-se a deuses, exceto Mérope que desposou Sísifo e envergonhou-se da escolha. É por isso que a estrela que lhe é consagrada é a menos brilhante das sete. Por causa de Órion é que foram transformadas em estrelas. Depois de conhecer as sete irmãs esse caçador impiedoso, apaixonou-se por elas e as persegue durante cinco anos. Zeus, por piedade, transforma-as primeiro em pombas depois em estrelas. E no céu noturno Órion as persegue por cinco anos.
            A constelação de Órion também segue a tradição mítica grega e com uma estória bem peculiar. A constelação de Órion possui duas vertentes míticas. Sabe-se que Órion era um terrível caçador mas que foi morto por um escorpião.
Segundo Pierre Grimal em seu Dicionário de Mitologia Grega e Romana: “O gigante Órion nasceu em circunstâncias muito particulares, verdadeiramente forjadas num jogo de palavras. O rei da Híria, na Beócia, tinha suplicado um filho a Zeus e, então, Posídon e Hermes, que ele tinha abrigado, ao saberem deste seu desejo, urinaram sobre uma pele de vitela que esticaram sobre a terra e esta, nove meses mais tarde, deu à luz Orion (Ouron = urina).
Órion era tão alto que tocava com os seus pés o fundo dos mares, conservando a cabeça fora de água. E era tão forte que ninguém no mundo podia comparar com ele os seus despojos de caça e era tão belo que provocava a admiração e a paixão à sua simples passagem. Órion era muito apreciado por Ártemis a quem servia como cavaleiro. Ele costumava acompanhar a casta deusa nas suas viagens até que, um dia, Eos “ a Aurora”, se apaixonou perdidamente por ele e o raptou, levando-o consigo para a ilha de Delos. O que aconteceu depois não sabemos ao certo, pois existem duas versões da lenda.
Uma refere que Ártemis, encolerizada, enviou a Órion um escorpião que o mordeu e
matou. Outra diz que o jovem tentou seduzir a deusa e que esta, para o castigar, lhe enviou um escorpião que o mordeu, provocando-lhe a morte.
O inseto e a sua vítima foram, mais tarde, transformados em constelações, constatando-se que, a partir do momento em que o escorpião aparece no céu, o brilho de Órion esmorece.” Portanto, ao ser colocado no céu ao lado de seu algoz Scorpius. A cada noite o caçador foge para baixo do horizonte quando o escorpião se levanta.
            As famílias de constelações antigas, que se baseiam em mitos gregos, foram classificadas por ciclos e é assim que na atualidade os astrônomos identificam as estrelas que estudam. Isso seria uma herança grega muito importante na atualidade, é como se o céu recontassem os mitos do período helenístico, pois cada constelação dos ciclos estão juntas no céu noturno.
Vejamos as famílias de constelações:
Ciclo de Perseu: Andrômeda, Baleia, Cefeu, Cassiopéia, Pégaso e Medusa
Andrômeda: A esposa acorrentada.
Baleia: Monstro que ameaçou Andrômeda.
Cefeu: Pai de Andrômeda (rei da Etiópia).
Cassiopéia: Mãe de Andrômeda.
Pégaso: Cavalo alado tomado por Perseu.
Medusa: Monstro eliminado por Perseu.
Ciclo de Hércules: Touro, Leão, Hidra, Câncer, Dragão, Serpente, Ofiúco, Centauro, Flecha, Sargitário.
Touro, Leão, Hidra (cobra fêmea), Câncer, Dragão: Ligados aos 12 trabalhos de Hércules.
Serpente, Ofiúco (caçador de serpente): Ao nascer matou uma serpente com os punhos.
Centauro: Tutor.
Flecha (Sagitta): Combate com centauros arqueiros.
Ciclo de Órion: Escorpião, Cão Maior, Cão menor, Virgem, Touro
Escorpião: Inimigo mortal instigado por Ártemis (Virgem).
Cão Maior e Cão Menor: podem também ser considerados como cães de caça de Órion.
Virgem: A casta Ártemis.
Touro: Combate para imolação a divindade.
Ciclo de Jasão: Gêmeos, Golfinho, Lira, Áries, Carina, Vela e Popa, Capricórnio, Dragão
Gêmeos: Castor e Polux, argonautas (tripulantes da nau Argo).
Golfinho (delphinus): Animal associado ao Deus Apolo. Apolo em alguns vasos gregos é representado viajando pelo mar levado por golfinhos.
Lira: Instrumento musical de Apolo.
Áries: O velo (tosão) de ouro, crisómago (carneiro de ouro alado).
Carina, Vela e Popa (Puppis): Embarcação dos argonautas, Nave Argos.
Capricórnio: Hele, que é filha de Atamas e Nefele, caiu no mar ao passa pelo atual estreito de Dardanelos, que separa a Europa da Ásia, e desde então, a região passou a ser chamada de Helesponto. Hele, salva por Áries, metamorfoseada.
Dragão: Dragão da Cólquida, guardava o tosão. A Cólquida era o país onde se encontrava o Velo ou Velocino de ouro, presente dos deuses que atraia a prosperidade a quem o possuísse. Jasão, a bordo do seu navio Argo, viajou até lá para roubar o rei.
Ciclo de Calisto: Ursa Maior, Ursa Menor, Boleiro, Cães de Caça.
Ursa maior: Calisto transformada em Urso.
Ursa menor: Cinosura transformada em Urso.
Boleiro: Arcas, filho de Calisto, o Arctoflax “Guardião do Ártico”.
Cães de caça: Os cães de Arcas.
Ciclo de Zeus: Aquário, Cisne, Auriga, Peixes, Coroa Boreal, Triângulo.
Aquário: Ganimedes, o copeiro do Olimpo e amado por Zeus.
Cisne: Metaforseado para a conquista de Leda (rainha de Esparta).
Auriga (cocheiro): Ericteu, inventor da quádriga e rei de Atenas, guardião da cabra Amatéia, que alimentou Zeus quando pequeno, em sua velhice.
Peixes: Afrodite e Eros metamorfoseados a fugirem do combate entre Zeus e Tífon.
Coroa Boreal: Dionísio presenteou Ariadne com esta coroa, quando a portadora faleceu, Zeus colocou a coroa no firmamento.
Triângulo: Simbolo do Monte Olimpo.
            Portanto, como podemos perceber que os mitos influenciaram muito na astronomia moderna através das constelações. Ainda na atualidade a mitologia grega se mantém mais viva do que muitos acreditam, porque para compreender a égide celeste é fundamental retornar a essência dos gregos, que acreditamos ser um passado muito remoto mas que é muito presente. Esse foi apenas um aspecto da astronomia clássica, existem outros inúmeros aspectos que a Grécia contribuiu para astronomia moderna. Talvez sejam os pré-socráticos que contribuíram fortemente para os estudos nos observatórios e cálculos matemáticos. As contribuições foram muitas no período helenístico e os estudos hoje são poucos para perceber que quase tudo já foi descoberto pelos gregos.

Referências:
BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia grega, Vol. 1. Editora Vozes, 23ª edição, Petrópolis, Rio de Janeiro, 2011.
GRIMAL, Pierre. Dicionário de Mitologia Grega e Romana. Editora Hachette, Lisboa 1990.
MALHADAS, Daisi. DEZZOTI, Maria Celeste Consolin. NEVES, Maria Helena de Moura. Dicionário Grego-Português. Editora Ateliê editorial, Cotia, São Paulo, 2006.
MARTIN, Vera A.p Fernandes. As constelações e seus mitos in II Jornada de Vitória da Conquista. Observatório Astronômico Antares, 2009.
VERDET, Jean-Pierre. O céu, magia, mistério e mito. Editora Objetiva, São Paulo, 1987.
WILLIS, Roy. Mitologias Deuses, heróis e xamãs nas tradições e lendas de todo o mundo. Editora Publifolha, São Paulo, 2007.

http://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0237

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